A ferramenta mais utilizada pelos desenhistas em todo o mundo, sem dúvidas é o lápis. Ainda que você não desenhe, com certeza já utilizou o lápis para alguma outra atividade, como escrever, por exemplo.
Tão popular quanto a caneta, ele se encontra por toda a parte e é o melhor amigo do desenhista, mas você já se perguntou como ou quando ele surgiu?
Já reparou que em praticamente todos os lápis há uma identificação na lateral escrito "HB" ou mesmo "6B", "2B" etc. Você já sabe o que é?
Então se liga aí!
De Onde Vem o Lápis?
Na verdade, a história do lápis se desenvolveu conforme foi evoluindo a humanidade. Por este motivo não é possível citar seu criador, por exemplo, mas podemos acompanhar alguns relatos de suas "aparições" e assim traçar a sua história.
Abaixo você acompanha um resumo de sua evolução que pode ser lido no site original clicando aqui.
Na antiguidade clássica, tanto gregos quanto romanos já utilizavam instrumentos parecidos com o lápis: eram barrinhas redondas de chumbo que serviam para traçar linhas, desenhar e escrever. No século XII surgiu um lápis feito com a mistura de estanho e chumbo, conhecido como "lápis de prata" e depois foi muito usado por artistas como Albert Dürer, Jan Van Eyck e Leonardo da Vinci.
O lápis moderno apareceu no século XVI, depois da descoberta das primeiras jazidas de grafite na Inglaterra. No entanto, até hoje em inglês o lápis grafite é chamado de "lead pencil" que quer dizer lápis de chumbo, provavelmente por causa da influência da cultura greco-latina.
Inicialmente as barras de grafite eram cortadas em pedaços e embrulhadas em cordões ou em pele de ovelha. Depois o grafite passou a ser encaixilhado e colado dentro de pequenas ripas de madeira, cujo formato final era moldado manualmente. No século XVII carpinteiros da cidade alemã de Nuremberg começaram a produzir lápis, cujo monopólio foi desfeito no século seguinte por oficinas familiares como a de Kaspar Faber (1761), nome de fabricante de lápis que chegou até nossos dias.
Em 1795, o químico francês Nicholas Jacques Conté desenvolveu e patenteou o processo moderno de produção de lápis, misturando grafite em pó com argila que, depois de moldados eram endurecidos em alta temperatura, o que possibilitou o desenvolvimento de diversos graus de dureza do grafite. As inovações que se seguiram estão mais ligadas à industrialização da produção de lápis com a introdução de tornos e maquinários que aumentariam drasticamente a velocidade da produção e melhorariam a exatidão da forma (tubular ou hexagonal) e o acabamento.
Por quê HB?
Leia agora um trecho retirado diretamente do site da Faber-Castell, uma grande produtora de lápis, que explica com clareza o significado de "HB" e se revela pioneira neste tipo de classificação.
A argila é um dos componentes responsáveis pela resistência da mina grafite. As partículas de grafite completam o volume e conferem o grau de preto à mina (poder de cobertura). De acordo com a proporção argila/grafite empregada na composição da massa, o lápis ganha características diferentes. É a partir dessa proporção que se define a graduação (dureza) do lápis. Para diferenciar os tipos de graduações, Lothar Faber criou, no século XVIII, uma escala que se tornou um padrão internacional.
As graduações padrão disponíveis incluem os seguintes tipos: 6H, 5H, 4H, 3H, 2H, H, F, HB, B, 2B, 3B, 4B, 5B e 6B. Quanto maior o número H (referência à palavra inglesa HARD/duro), mais claro e mais duro é o traço. Por outro lado, quanto maior o número B (referência à palavra inglesa BLACK/preto), mais preto e macio será o traço. Também existem as graduações HB (HARD e BLACK), e F (referência a palavra inglesa FINE), que apresenta um traço fino e resistente.
Qual Devo Usar?
H - Os lápis do tipo H são mais duros e mais claros, por isso são indicados para se fazer esboços, ou desenhos técnicos, visto que seu traço será mais claro e fino, permitindo-se apagar e fazer correções mais facilmente, porém, deve-se ficar atento para não apertar o lápis e marcar muito a folha.
HB - É o mais comum, e mais fácil de se encontrar. Apesar de ser um pouco mais escuro que a linha H, ainda é muito utilizado para esboços e para a escrita, pois por ser um pouco mais macio, marca nenos a folha, deixando as questões de tom (claro/escuro) e pressão (traço forte/fraca) no controle do usuário (desenhista, por exemplo).
B - Esta linha é realmente mais indicada para desenhistas. É mais macio que as linhas anteriores e oferece tons bem mais escuros, dando maiores possibilidades para a arte final. Contudo não é possível apagar os traços deste lápis, pois a folha ou superfície desenhada ficaria toda borrada/manchada.
Mas então é isso galera! Espero que tenham gostado e aprendido um pouco mais sobre essa ferramente maravilhosa que sempre nos acompanha nos mais diversos momentos e mais variados lugares!
Em breve farei mais postagens como esta, relacionadas a desenhos! Espero que gostem!
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